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14.9.05

Ou sim ou sopas.


O meu feijão parece uma couvinha tronchuda. Ou um repolho viçoso. Seis meses rijos e risonhos, para fazer jus à empírica conclusão de que os gordinhos são mais felizes*. A sopa é um dos culpados. Sem batata, para evitar ainda mais gramas. Mas há outros cúmplices: o leite da mãe e da lata, a fruta, que come sempre às duas e três peças. Com o caldo não foi amor à primeira colher. Foram quinze dias de choro, gritinhos e boca fechada mal o talher era avistado. Até ao momento em que os sabores adocicados da cenoura e da abóbora convenceram com um ponto de exclamação as reticências do meu pirata guloso. Agora é vê-lo a refilar sempre que o avião atestado desses e doutros legumes se atrasa uns milésimos de segundo a aterrar na pista coberta. Afinal, acho que já o posso apresentar à Mafalda. A filha do Quino.

*Altura: percentil 50. Peso: percentil 90! Quem nunca ouviu falar em percentis não deve ficar com problemas: até há 6 meses eu também não fazia a mínima ideia do que isso era. O percentil é, basicamente, uma medida de crescimento que os pediatras usam como referência, quer para a altura quer para o peso, sendo que o 50 é o percentil “médio”. Quando na tabela os valores do bebé ficam acima ou abaixo do percentil 50, é porque o bebé é mais ou menos gordinho e mais ou menos alto do que a média para aquela idade. Mas o mais importante é que a relação entre os percentis de altura e de peso permitem ver se o bebé está a crescer de forma proporcional e ajudam os pediatras a tomar decisões, nomeadamente quanto à alimentação dos seus pequenos pacientes.

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