25.4.11
Frustrações e boas surpresas.
Pensar em fazer uma receita, chegar a comprar os ingredientes e a ideia acabar por não sair do livro ou da revista, é algo que me acontece... mais vezes do que gostaria. Sobretudo nas festas de aniversário, em que o meu espírito optimista me leva a acreditar que vou fazer muito mais do que na realidade acabo por conseguir pôr na mesa (mesa essa que, mesmo assim, costuma estar bem recheada, até porque a família costuma ajudar!).
No último aniversário do B., por exemplo, queria ter experimentado uma tarte deste livro fantástico. Como muitos dos meus livros de cozinha, este foi um presente de aniversário, desta vez da minha amiga F. que, mesmo estando longe na altura, me fez chegar esta deliciosa surpresa.
Ainda assim, nos anos do B. consegui fazer a massa de chocolate para a dita tarte.
Mas depois não tive tempo de fazer o recheio e acabei por congelá-la.
Este fim-de-semana prolongado foi a altura ideal para lhe dar uso, não com uma receita do Nick Malgieri, mas sim servindo de base a uma Banoffee Pie.
A primeira vez que fiz Banoffee Pie usei uma base de bolacha maria e manteiga, mas ontem lembrei-me da versão da Leonor de Sousa Bastos, e achei que era uma boa maneira de usar a massa.
Não me enganei: ficou óptima!
A massa não ficou muito doce, o que combinado com o power do leite condensado, resultou muito bem.
Se a Banoffee Pie é já, por natureza, um crowd pleaser, esta versão doble chocolate consegue reunir ainda mais fãs.
Aliás, só não se comeu toda hoje ao almoço - um almoço tradicional de segunda-feira de Páscoa em casa dos meus pais - porque rivalizou com autênticos pesos-pesados da doçaria portuguesa: Pudim Abade de Priscos, Ovos moles de Aveiro e Pão-de-ló, só para citar alguns...
Banoffee Pie
Para a massa de chocolate
(receita de Nick Malgieri do livro "Chocolate")
1 chávena (de 250 ml) de farinha sem fermento
3 colheres de sopa de açúcar
3 colheres de sopa de cacau em pó peneirado
1/4 colher de chá de fermento
5 colheres de sopa de manteiga sem sal fria, partida em pequenos pedaços
1 ovo grande
1 pitada de sal
Para o recheio
1 lata de leite condensado cozido
2 bananas grandes
200 ml de natas para bater (1 embalagem)
2 colheres de sopa de açúcar amarelo
50 g de chocolate de culinária ralado
Fazer a massa:
Num robot de cozinha, colocar a farinha, o sal, o açúcar e o cacau.
Pulsar até estarem bem misturados.
Juntar a manteiga fria aos pedaços e pulsar até já não se conseguir distinguir a manteiga, mas com a mistura ainda seca, tipo pó.
Bater ligeiramente o ovo com um garfo, numa taça, e incorporar na mistura anterior. Pulsar alguns segundos até a massa ter assumido a forma de bola. Se isto não acontecer, juntar um pouco de água (1/2 colher de chá) e voltar a pulsar.
Retirar a massa do robot, envolvê-la em película aderente e levar ao frigorífico até ficar firme.
Ou então congelá-la até ao momento de utilizar. Quando for para utilizar, descongelar no frigorífico com antecedência - durante a noite, por exemplo).
Pré-aquecer o forno nos 200º.
Forrar uma tarteira com a massa. Esta mostrou-se mais 'mole' do que a massa quebrada normal, por isso não cheguei a esticá-la com o rolo mas sim com as mãos, directamente na tarteira.
Colocar papel vegetal por cima da massa, encher com pesos ou feijões e levar a cozer cerca de 15 minutos.
Retirar e deixar arrefecer bem.
Montar a tarte:
Espalhar bem o leite condensado cozido por cima da massa de chocolate.
Cortar as bananas à rodelas e espalhá-las por cima do leite condensado.
Bater as natas com o açúcar amarelo em chantilly, com a ajuda da batedeira eléctrica, e cobrir a tarte.
Terminar com o chocolate ralado (no meu caso, ralei-o na hora e directamente para a tarte com um ralador Lurch*: fácil e rápido!)
Levar ao frigorífico antes de servir.
*Não é um Microplane, mas é igualmente fantástico e muito mais barato. Comprei o meu na Segredos&Cozinha, mas também se vende na César Castro. Eficaz tanto a ralar casca de citrinos como noz moscada, gengibre, chocolate...
Fiquei seduzida......completamente rendida a essa tarte de puro prazer! ( e ao ralador também!) Um beijinho :)
ResponderEliminarTem um aspecto fabuloso Teresa, uma verdadeira tentação, obrigado por o que partilhas,
ResponderEliminarbeijinhos e uma boa semana para ti!!
Muito bom. Adorei a referencia do livro. Acho que me vou desgraçar! :)
ResponderEliminarQue tentação deliciosa!!!
ResponderEliminarVou levar a receita para os dias mais inspirados. ;)
Beijinhos
Teresa,
ResponderEliminarNem imaginas o quanto me revi nas tuas palavras. Acontece-me precisamente o mesmo nos dias de festa... Mas isso só mostra a nossa paixão pela cozinha, esse desejo de fazer... só que às vezes o tempo corre mais depressa ;-)
Nunca publiquei banoffee pie no blogue, mas é uma das minhas sobremesas favoritas. Aliás, no dia em que eu e as minhas amigas decidimos "abrir" o blogue foi à volta de uma banoffe pie.
bjs
Partilho dessa frustração, que infelizmente vivo vezes demais...
ResponderEliminarMas esta tarte palpita-me que vou fazer em breve...
Babette
Pois é, estas frustrações perseguem-nos a todas e se vamos riscando receitas da lista outras vão logo sorrateiramente colocar-se na fila... mas concordo com a Pipoka. Esta montanha de possibilidades e a insatisfação constante fazem parte das motivações de quem gosta de cozinhar ;-)
ResponderEliminarTeresa