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17.9.04

Recuerdos.

Dos recuerdos oferecidos este Verão pelos amigos que foram de férias “para fora”, um dos que mais gostei foi um conjunto de especiarias vindo da Tunísia. Sete variedades, cada uma delas dentro de um saquinho de plástico com uma etiqueta identificadora. A saber:

Ras Hanout - pelo que investiguei na internet, deveria ser “Ras el Hanout” e é uma combinação marroquina de especiarias;
Cummul - ainda por identificar; pensava que eram cominhos, mas foi falso alarme;
Harissa - segundo a minha curta investigação, pó picante de pimento, típico da Tunísia;
Coriandes - no dicionário Francês-Português descobri a palavra “coriandre” que significa “coentro”. Será?
Paprika - a célebre especiaria celebrizada pelo Herman e que é o pimentão doce típico da Hungria;
Curry - caril;
Safran - desconfio que é “Açafrão das Índias” - também conhecido por Curcuma - e não o verdadeiro Açafrão, que vem da planta crocus sativus e é muito caro, uma vez que são precisas mais de 100 mil flores para se conseguir 1 kg de açafrão (a sua cor amarelada vem dos pigmentos dos estigmas da flor).

Quem me ofereceu estas especiarias, com medo de ficar com problemas de consciência, pediu-me para usá-las só depois de ter o pimpolho cá fora, não vão elas ser demasiado fortes e provocarem-me alguma indisposição. Daí que só daqui a uns valentes meses possa dar-vos conta dos cozinhados com temperos tunisinos. Nessa altura, poderei experimentar o livro de Cozinha Árabe que trouxe do Egipto.

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