4.5.09
Danny Meyer, o guru da restauração.
Um dia destes, ia eu ao fim da tarde na minha viagem trabalho - miúdos - casa, distraída a olhar para o grande ecrã do Dragão (aquilo devia ser proibido, mas pronto, como de vez em quando passam lá anúncios feitos na agência, não consigo evitar a olhadela) e sintonizada na TSF, quando me apercebo que o Carlos Vaz Marques, no seu Pessoal e Transmissível, entrevistava alguém ligado à cozinha. Alguém falou em comida? Em restaurantes? Em ingredientes? Aumento o volume e fico a saber que o interlocutor se chama Danny Meyer e é aquilo que, em linguagem moderna e globalizada, se designa por restaurateur, ou em bom português, empresário na área da restauração. Norte-americano nascido em St. Louis, no Missouri, mas residente em Nova Iorque, é dono de uma série de restaurantes muito bem cotados nesta cidade e especialista na arte de bem receber e de bem servir os clientes. A sua vinda a Portugal deveu-se ao lançamento do seu livro "Negócios à mesa" e serviu ainda para fazer uma espécie de radiografia à restauração portuguesa. Vale a pena conhecer as suas ideias e as suas convicções feitas de vários anos de experiência, válidas não só para esta como para muitas outras áreas de negócio. Um conceito interessante é o do Hospitality Quotient ou Coeficiente de Hospitalidade. Segundo Meyer, uma pessoa com um alto HQ tem a necessidade emocional de dar prazer a outras e deve ser essa a principal característica dos recursos humanos a recrutar pelos empresários da restauração. Para ele, o sucesso de um espaço resume-se a dois factores: boa comida e hospitalidade ou seja, comer fora de casa não devia ser bom só por não termos trabalho e a comida ser boa, mas também por... nos sentirmos em casa. Quanto às práticas menos correctas que Danny Meyer identificou nos restaurantes portugueses, destaco três: "trazer para a mesa coisas que ninguém pediu", "ter televisão (ligada)" e "não ter ninguém à porta a receber os clientes".
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E aqui.Ouçam a entrevista aqui.
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1 comentário:
Que pena...sou fã (e já li e reli o livro dele). Não fazia ideia que ele estava cá.
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