6.5.09
Pipocas atribuladas.
Nunca pensei que estas pipocas chegassem a ver a luz do dia. Eu explico. Quem tem filhos pequenos sabe que mais dia menos dia vai fazer pipocas, até porque não custa nada fazê-las e até já há umas embalagens de milho próprias para o microondas (nunca experimentei). Num desses dias, quando o óleo e o milho já estavam na panela grande da sopa, tive de ir à porta. Foram apenas uns minutos. Os suficientes para o meu pirata mais velho pegar na faca do pão (que eu entretanto comecei a cortar para fazer torradas, a pedido das três crianças que tinha lá em casa) e tentar imitar-me. O resultado não foi bonito, como podem imaginar. Toca de sair de casa a correr rumo ao Centro de Saúde. No meio do stress consegui lembrar-me de desligar o disco do fogão. Quando regressámos a casa, a vontade de fazer pipocas já não era a mesma, apesar de ter ficado tudo bem, só uma aparatosa "luva de boxe" a lembrar-nos a todos que o cuidado nunca é demais quando lidamos com bichinhos carpinteiros. Preparava-me para deitar o milho ao lixo e lavar a panela, quando dou conta de que as pipocas entretanto tinham saltado! Um panelão cheio de pipocas, ali à nossa espera, como que a pedir para descontrairmos e saborearmos o facto de não ter sido nada de grave. Quando era pequena costumava fazer pipocas com as minhas primas, mas já não me lembro bem de como as terminávamos. Achava que só as polvilhávamos com açúcar e era assim que costumava fazer. Mas desta vez não havia maneira das pipocas me parecerem docinhas e apetecia-me umas mais crocantes, bem ao estilo das do cinema (do cinema em Portugal: quando estive nos Estados Unidos, há anos atrás, apanhei uma valente desilusão quando fui ao cinema e, como manda a tradição, fiz-me acompanhar de um grande balde delas - eram salgadas!). Então, como já tinha imenso açúcar na panela, resolvi ligar o disco e fazer uma espécie de caramelo, mexendo sempre as pipocas, de maneira a não colarem no fundo e a ficarem mais ou menos uniformes. Ficaram muito boas. Mas da próxima vez, vou subir a fasquia e tentar estas.
Pipocas caramelizadas rápidas
Milho para pipocas
Óleo
Acúcar - muito! Eu usei açúcar normal e amarelo.
Numa panela alta, cobrir o fundo primeiro com óleo (de girassol, por exemplo) e depois com o milho (se pusermos muito milho, as pipocas podem não caber na panela, o melhor é só uma camada de milho, a cobrir o fundo de óleo). Tapar e levar ao lume, de brando a médio, consoante a pressa, até se perceber que o milho já rebentou na totalidade. Juntar o açúcar e envolver bem. Deixar o açúcar derreter, mexendo sempre, até todas as pipocas ganharem uma textura crocante. Retirar do lume, deixar arrefecer um pouco, comer e partilhar!
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1 comentário:
Olá, eu sempre fiz as pipocas misturando o açucar no início e resulta muito bem.
Bjs e continuação de bons posts :)
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