Falo sobretudo das horas necessárias para a massa levedar e crescer.
Pode ser que não saiba organizar muito bem o meu tempo, mas a verdade é que quase sempre que penso em fazer pão, adio a decisão logo a seguir, porque concluo que não vou poder cumprir os timings da receita.
E à noite, depois dos rapazes na cama e da cozinha arrumada, a visão de ter uma missão destas pela frente acaba por ficar turva pelo sono (ou por uma série de pequenas tarefas que não consegui realizar durante o dia).
Por isso, ainda que continue a alimentar a esperança de que haverá uma altura em que terei tempo para fazer regularmente pão "a sério", sempre que vejo uma receita que propõe atalhos ou passa à frente as fases demoradas, entusiasmo-me.
Foi o que aconteceu com este pão de espelta, que encontrei na revista Love Baking - Bread.
O resultado é um pão húmido, com sabor relativamente intenso devido à farinha de espelta (uma subespécie de trigo, com menos glúten e mais nutrientes) e uma textura rica graças às sementes e às passas.
No dia seguinte, então, estava delicioso!
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Baking our own bread can be both exciting and magical, as frustrating and discouraging.
I'm talking about the hours required for the dough to rest and rise.
I may not know how to organize myself very well, but the truth is that almost every time I think about baking bread, I shelve the decision soon after, because I conclude that I won't be able to meet the required timings.
At night, after putting my boys to bed and cleaning the kitchen, the vision of having that mission ahead becomes blurred by sleepiness (or a series of small tasks that I could not accomplish during the day).
So, while I keep dreaming of a time when I'll be able to make 'real bread' in a regular basis, whenever I see a recipe that proposes shortcuts or overtakes lengthy steps, I want to try it as soon as possible.
That's what happened with this spelt loaf, which I found in Love Baking Magazine - Bread.
The result is a moist bread, with a relatively intense flavor due to the spelt flour (a subspecies of wheat, with less gluten and more nutrients), and a rich texture thanks to the seeds and the raisins.
The following day, it was even more delicious!
Pão de espelta e sementes
(Love Baking Magazine - Bread, Spring 2013)
475 g de farinha de espelta integral
1 colher de chá de fermento em pó (para bolos)
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal
50 g de sultanas ou passas
150 g de mistura de sementes (ex.: girassol, abóbora e linhaça)
1 colher de chá de melaço de cana
550 ml de água tépida
Pré-aquecer o forno nos 180º.
Forrar uma forma de bolo inglês com papel vegetal e untar este.
Numa taça grande, colocar e misturar bem os ingredientes secos.
Dissolver o melaço na água tépida.
Juntar esta mistura aos ingredientes secos e mexer bem.
Verter para a forma e levar a cozer cerca de 1 hora ou até estar crescido e bem dourado (eu fiz o teste do palito e ao fim de uma hora este saiu seco).
Deixar arrefecer bem antes de servir às fatias.
Envolva o que sobrar em película aderente: manter-se-á fresco durante alguns dias.
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Spelt loaf
(Love Baking Magazine - Bread, Spring 2013)
475 g wholegrain spelt flour
1 tsp baking powder
1 tsp bicarbonate of soda
1 tsp sea salt
50 g raisins
150 g mixed seeds (eg sunflower, pumpkin, flaxseed)
1 tsp blackstrap molasses
550 ml tepid water
Preheat the oven to 180º/350ºF.
Prepare a loaf pan, lining with parchment paper and greasing it.
Mix all the dry ingredients together in a large bowl.
Mix together the molasses and tepid water until blended.
Add to the dry ingredients and combine together.
Pour into the loaf pan and bake for 1 hour or until well risen.
Allow to cool, then serve in thick slices.
Wrap leftovers in cling film: it will keep fresh for a few days.
11 comentários:
A única parte inconveniente deste tipo de receitas é que o bicarbonato deixa os frutos verdes...
Ficou com um aspecto maravilhoso esse pão! e com essas sementes todas ainda melhor :)
beijinhos e uma boa semana
is verry good
Gostei desta receita de pão e com essas sementes ainda melhor!
bjs e boa semana
Olá Teresa!
Que bom que é ter receitas destas de pão tão simples e práticas de fazer!
Partilho contigo a minha frustação na cozinha quando me apetece fazer um pão caseiro e tenho de ter o fermento próprio e esperar aquele tempo todo para a massa levedar (que fico sempre com a sensação de que não cresceu o suficiente)...
Esta tua receita é mesmo o que preciso para poder ter em casa um pão saboroso e nutritivo como este, ainda por cima com sementes, que simplesmente adoro!
Beijinhos e uma excelente semana!
http://fabricocaseiro.blogspot.pt/2013/04/pavlova-com-morangos-e-pistachios-em.html
Tem bom ar!
Adoro ste tipo de pão, for busy people! :)
Ficou com uma cor linda.
Beijinho.
Temos que ter vários recursos à mão ;)
Tem um belíssimo aspecto!!!
Babette
Pergunta de principiante: as farinhas, sem fermento e integral, são daquelas para bolos ou são específicas para pães? Obrigada!
Olá L.!
Eu também não sou especialista em farinhas e só agora comecei a usar a de espelta, que é muito usada em pão, de facto, mas também já a vi referida em receitas de muffins, por exemplo. A que tenho encontrado à venda é integral ou semi-integral. Outra farinha muito usada em pão (e massas de pizza) é a T65. Normalmente em pão não se usam farinhas com fermento, mas adiciona-se o fermento à parte e, normalmente, fermento de padeiro (fresco ou seco, em pó, o que não é o caso desta receita, que pede fermento químico ou "para bolos"). Relativamente ao integral, julgo que na maioria dos cereais, existe a versão integral e a refinada, e o seu uso depende do gosto e das opções alimentares do "padeiro", sendo que muitas vezes se tem de ajustar a receita, na quantidade de água, por exemplo, caso se use uma farinha diferente do que ela sugere.
Espero ter ajudado!
um beijinho
Gostei muito deste pãozinho, e vou levar comigo.
Kiss, Susana
Nota: Ver o passatempo a decorrer no meu blog:
http://tertuliadasusy.blogspot.pt/2013/05/2-edicao-do-projeto-escolha-do.html
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