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29.9.14

Londres [3ª parte e um crumble de vegetais]



















































Com este post, termino os relatos sobre a minha recente escapadela a Londres.
Para quem não leu os anteriores (aqui e aqui), esta aventura foi impulsionada, e em parte patrocinada, pelo meu grupo de amigos, que nos meu 40 anos me surpreenderam com vouchers para workshops no Recipease e um pé-de-meia para a viagem.

Com amigas a viver em Londres, estas miniférias foram ainda mais especiais. Tivemos companhia praticamente a todas as refeições e deixámo-nos guiar pelas escolhas e sugestões de quem já conhece bem a cidade.
Quase não fotografei os restaurantes e a comida, mas não queria deixar de fazer um pequeno registo sobre os sítios por onde passámos. O meu preferido foi o Tom's Kitchen e mais abaixo encontram uma receita de crumble de legumes, que pretende ser uma aproximação ao que eu comi no brunch que lá fizemos. Enjoy!

Pret a Manger - uma cadeia de refeições e snacks rápidos muito parecida com a nossa Go Natural. Por muitos planos que se possam ter sobre sítios a experimentar em Londres, a cidade é tão grande, que não é fácil conseguir cumprir a lista. Quando a fome apertou e já sem pernas para procurar outras hipóteses mais famosas para o almoço, o Pret a Manger foi uma opção que se revelou acertada: sanduíches frescas, com conjugações interessantes de ingredientes, variedade de sumos naturais e atendimento muito simpático.

Busaba - comida tailandesa óptima. Serviço rápido, ambiente cosmopolita, staff simpático. Gostei bastante.

Budha-Bar - cozinha asiática e de fusão. Para além do sushi, o forte são os pratos de inspiração chinesa e tailandesa. Aqui, comi um prato vegetariano com batata doce como ingrediente principal muito interessante, sobretudo pelas especiarias usadas. Um restaurante com decoração, ambiente e música de tipo 'clubbing', à falta de melhor palavra para o descrever!

Bread Street Kitchen  (mosaico de fotos inicial) - um dos muitos restaurantes de Gordon Ramsay. Enorme mas bem decorado e confortável, com menus relativamente acessíveis, sobretudo quando comparado com os seus conceitos reconhecidos com estrelas Michelin. A comida era muito boa - as pizzas de flat bread e o macaroni and cheese que pedimos de entrada eram absolutamente deliciosos. Foi um dos jantares mais divertidos da estadia, porque éramos oito, todos portugueses, quatro a viver em Londres, quatro de passagem, vivências comuns pelo meio, coincidências engraçadas e bom vinho a acompanhar.
No início do jantar, quando os últimos convivas chegam para se juntar ao grupo, surge a notícia bombástica: o Gordon Ramsay está no restaurante, a jantar com a família. Automaticamente, sete vozes em uníssono dirigem-se à minha pessoa: "Tens de lá ir! Já viste que coincidência?! Vai lá tirar uma foto com ele!".
Bem, quem me conhece, sabe que eu não sou nada de interpelar desconhecidos, quanto mais famosos. Mas pronto: era o Gordon Ramsay. E eu já tinha bebido um gin. Respirei fundo e dirigi-me à mesa onde me tinham dito que ele estava. Muitas cabeças loiras. Ele na ponta. Interrompi da forma mais educadamente e simpática que consegui, apresentando-me como uma food blogger portuguesa que não queria acreditar na sorte em vê-lo ali.
Infelizmente, o entusiasmo não foi recíproco. O homem olhou para mim com a cara mais chateada que vocês podem imaginar (o que não é muito difícil, se seguem os seus programas na SIC Radical) e apeteceu-me logo fugir. Mas não, como sou uma verdadeira crente, ainda perguntei se podia tirar uma foto com ele. Claro que não podia, que estupidez a minha! Estava a jantar com a família e não podia fazer pose durante os segundos que demora a fazer clique na câmara do telemóvel. Pedi imensa desculpa, pela minha ousadia e falta de consideração, em inglês macarrónico devido ao nervosismo e à vergonha misturados em partes iguais, e já me dirigia para a minha mesa quando, mantendo o tom enfadado, me pergunta se eu já estou de saída; caso não esteja, posso falar com o seu manager e combinar com ele o momento da fotografia. Agradeci e voltei para a minha mesa, aliviada por já não ter aquela cara enorme a olhar para mim com ar de desdém. Obviamente não falei com manager nenhum e não há foto para mais tarde recordar. O jantar continuou animado e quando saímos, nem sinal de Mr. Ramsay.

Tom's Kitchen (mosaicos de fotos 2, 3 e 4) - foi aqui que fizemos o brunch de domingo e gostei mesmo muito. Da decoração, da comida, do ambiente. O serviço foi um pouco lento, mas como estávamos numa de preguiçar, não foi nada de dramático. Houve quem escolhesse algo mais tradicional como Eggs Royal, eu escolhi um crumble de vegetais, com umas batatas fritas polvilhadas com parmesão, a acompanhar (confesso: batatas fritas são o meu guilty pleasure). Tudo óptimo. Para beber, havia diversos sumos naturais, uns mais detox do que outros, e houve quem não dispensasse um final doce, como uma tarte de chocolate intenso. Durante o tempo que aqui estivemos, namorei o livro Fish, do fundador do restaurante, e já decidi que vai ser a minha próxima aquisição.

A receita que se segue foi inspirada no crumble desse brunch. Não ficou igual, apenas ligeiramente parecido, mas igualmente saboroso.

Boa semana!
















CRUMBLE DE LEGUMES

Para 4 doses, como entrada

1/2 couve coração ( ou 1 se for pequena)
2 cenouras
1 talo de alho francês
1 cebola grande
3 dentes de alho
2 chávenas + 1/2 chávena de espinafres
1/2 copo de vinho branco
2 chávenas de queijo ralado
2 chávenas de pão ralado com espinafres e alho (2 pães de mistura da véspera)
1 colher de sopa de farinha
Azeite qb
Leite qb
Sal e pimenta preta qb

Numa frigideira colocar um fundo de azeite, a cebola laminada e dois dentes de alho picados.
Deixar alourar e juntar a couve e a cenoura partidas em juliana. Deixar saltear um pouco e juntar o alho francês, mexer e refrescar com o vinho branco. Temperar de sal e pimenta e deixar cozinhar uns 15 minutos em lume médio. Se estiver com pouco líquido juntar um pouco de água.
Entretanto ligar o forno nos 180º e untar 4 tarteiras ou ramequins com azeite.
Prove os legumes e, se já estiverem al dente, junte uma colher de sopa bem cheia de farinha. Envolva bem e junte leite aos poucos. Mexa até estar tudo bem envolvido e cremoso, uma espécie de béchamel. Retifique os temperos, retire do lume e junte duas chávenas de espinafres e uma chávena de queijo ralado, envolvendo bem. Divida pelos recipientes e cubra com o pão ralado misturado com o restante queijo (para o pão ralado, rale o pão num processador de cozinha com 1/2 chávena de espinafres e um dente de alho). Leve ao forno cerca de 15 minutos até estar bem tostado e a borbulhar.


7 comentários:

Gori disse...

Adorei toda a reportagem de Londres, de tal modo que só me apetece fazer as malas e voar para lá, agora mesmo ;)
Esse Gordon Ramsey de simpatia deixa muito a desejar, é uma das razões que não consigo ver muitos programas dele.
Adorei esse crumble, tenho um "fraquinho" grande por tudo o que é crumbles, doces e salgados.
Beijinhos

Anónimo disse...

Oh Teresa que episódio esse com o Gordon. Mesmo com o efeito do gin não teria a tua coragem. Tudo o resto, deve ter sido ótimo. AInda bem que fizeste o registo da tua aventura porque ficam as referências para quando voltar ;)
Um abraço de boa semana,
Guida

Sofia disse...

Vou experimentar essa receita de crumble de legumes :)
http://douradorosa.blogspot.pt/

Ruth Miranda disse...

Bem, nunca suportei o senhor Ramsay nem á lei da bala, e confirma-se. Percebo que quando se tem a visibilidade que ele tem e se está a jantar com a familia, é chato ser-se interpelado a meio da refeição e tal, mas caramba, assim sendo não ia para um dos seus restaurantes mais acessíveis. As pessoas esquecem-se por vezes de que há formas e formas de dizer não, e um sorriso não mata ninguém... enfim.
http://bloglairdutemps.blogspot.pt/

Flores de Oliveira disse...

Gostei muito desta sugestão Teresa!

Anónimo disse...

Adoro o seu blog!
gostava que me tirasse uma duvida na receita das bolachas quando fala em manteiga é mesmo manteiga ou pode ser margarina?Desculpe esta ignorância, mas sou principiante nestas andanças...Ana

Lume Brando disse...

Olá Ana,
Obrigada pela mensagem :)
Quanto à dúvida, sempre que falo em manteiga, é mesmo manteiga. Também tenho receitas em que uso margarina (nesse caso uso sempre Vaqueiro), ou então na receita menciono que se pode usar uma coisa ou outra. No caso das bolachas, é mesmo importante que seja manteiga!

Beijinho
Teresa