15.11.09
Uma aventura chamada massa folhada.
Declaração de princípio(s): nunca teria tentado fazer massa folhada em casa se não tivesse Bimby, ainda que há alguns anos tenha aprendido a fazê-la num curso de cozinha. Sempre achei que dava demasiado trabalho e que este não compensava quando aquela se podia comprar em qualquer supermercado, congelada ou pronta a usar.
Mas fiquei intrigada quando vi no livro que vem com a máquina uma receita básica deste tipo de massa. Será que também aqui a Bimby faz milagres?
Estava disposta a responder à pergunta rapidamente mas, da primeira vez que a ia fazer, tive de adiar a experiência: não tinha reparado que a manteiga devia estar congelada: 200 g de manteiga congelada em pequenos pedaços. À segunda tentativa, já com os bocados de manteiga bem congelados e a água há muitas horas no frigorífico, para garantir que estivesse bem fria, as coisas correram melhor. Contudo, achei que não devia confiar no livro a 100%: parecia demasiado fácil. Assim, e já com a mise en place pronta, achei que o melhor era consultar a web. A minha preciosa ajuda veio daqui.
Fazer a massa-base, com a Bimby ou com outro robot de cozinha é muito fácil. Mesmo. Depois, é um questão de músculo, paciência e tempo. Esticar, dobrar, esperar, esticar, dobrar, esperar, não é das tarefas mais agradáveis de fazer à uma da manhã de sábado - enquanto as pestinhas cá de casa dormiam - mas o resultado valeu bem o esforço.
O fruto desta estreia foi usado de duas maneiras: primeiro numas tartelletes de chèvre, nozes e mel (na foto). Passados alguns dias, serviu de embrulho a legumes salteados. E se na primeira receita a quantidade de queijo em cada tarte ofuscou um pouco o brilho da massa folhada caseira, já no segundo folhado, depois do repouso prolongado no frigorífico, aquela atingiu o seu auge.
Tartelletes de queijo de cabra, mel e nozes
Massa folhada de compra ou caseira*
Queijo de cabra 'chèvre'
Ervas da Provença
Mel
Nozes picadas
Cortar círculos de massa folhada com um diâmetro um pouco maior do que o das forminhas de tarte e forrá-las. Levá-las ao forno pré-aquecido nos 200º durante cerca 10 minutos. Entretanto desfazer o chèvre em pequenos pedaços para uma taça e salpicar com ervas da provença por todo. Retirar as tartes do forno, recheá-las com o queijo temperado com as ervas e levar de novo ao forno mais 15 minutos ou até o queijo começar a borbulhar e a ficar dourado. Retirar, desenformar, regar cada tartellete com uma colher de sopa de mel e salpicar com nozes picadas. Servir com uma salada verde - de alface e rúcula, por exemplo.
*Massa folhada
(ingredientes - Livro Base da Bimby)
200 g de manteiga congelada em pedaços pequenos
200 g de farinha
90 g de água ou vinho branco muito frios (usei água)
1 colher de chá de sal
Num robot de cozinha, misturar todos os ingredientes e pulsar alguns segundos até obter uma massa homogénea - na Bimby, 20 seg., Vel.6.
Retirar a massa do copo, dar-lhe a forma de uma bola e levar ao frigorífico durante 20 minutos.
A partir daqui, tentei seguir as instruções da Gasparzinha:
Numa superfície polvilhada de farinha e com a ajuda do rolo também enfarinhado, para a massa não colar, esticar a massa até obter um rectângulo com cerca de 20 cm x 40 cm, ficando virado para nós na vertical. Dobrar a massa em três, como se fosse uma carta A4. O rectângulo que vemos agora à nossa frente está na horizontal: virá-lo 90º, de modo a ficarmos com ele de novo na vertical. Voltar a esticar e a dobrar da mesma forma. Embrulhar em película aderente e levar ao frigorífico 20 minutos. Findo este tempo, voltar a trabalhar a massa na superfície enfarinhada com o rolo, repetindo o esquema: esticar até obter um rectângulo na vertical, dobrar em três, sobrepondo as partes de massa, como se fosse uma carta. Rodar para que o rectângulo fique novamente virado para nós na vertical, voltar a esticar e a dobrar em três. Levar ao frigorífico mais 40 minutos antes de usar (eu mantive-a no frigorífico até ao dia seguinte, quando a usei).
A minha primeira massa folhada não 'folhou' tanto como as de compra, mas ficou muito saborosa. Apesar do trabalho, é bom saber que esta não está cheia de gorduras hidrogenadas como as industriais. O próximo desafio é fazê-la em grandes quantidades e congelá-la (enrolando-a em papel vegetal, como sugere a Gasparzinha) e assim ter massa folhada caseira sempre à mão.
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1 comentário:
Eu ainda não tive coragem de fazer massa folhada. Adorei as tartes.
Bjs
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