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11.1.13

Vol-au-vent à sobremesa // Vol-au-vent for dessert.





























No frigorífico, havia massa folhada quase a passar de prazo e doce de ovos que tinha sobrado do recheio de um bolo.
Lembrei-me de os juntar e fazer uma espécie de vols-au-vent doces.
Nesse dia, depois de ter deixado alguns para o guloso-mor cá de casa comer à sobremesa, levei os restantes para a reunião de direção da Associação de Pais da escola dos meus rapazes, para mimar os meus colegas.
Tanto em casa como na escola, estas caixinhas elegantes e fáceis de fazer foram um sucesso!

//

In the fridge, there was puff pastry very close to the "best before date", and egg filling leftover from a cake I made. In order to use them, I came up with these sweet vols-au-vent.
That day, after having left some for the one with the big sweet tooth here at home to have for dessert, I took the rest to the Parents Association meeting, to surprise my colleagues.
Both at home and at school, these elegant and easy to make treats were praised!







































Vols-au-vent com doce de ovos

Massa folhada fresca

Doce de ovos caseiro*
Açúcar em pó para polvilhar antes de servir
Cortadores de bolacha redondos de 2 tamanhos diferentes

*Doce de ovos

6 gemas + 1 ovo inteiro
250 g de açúcar
125 ml de água
1 pau de canela
1 pedaço de casca de limão 


Num tacho, levar ao lume a água, o açúcar, o pau de canela e a casca de limão.

Mexer SÓ no início para envolver bem o açúcar na água e deixar ao lume em lume médio SEM mexer.
Entretanto, desfazer com um garfo as gemas e o ovo numa taça de metal ou vidro.
Quando a calda de açúcar começar a ferver bem, bolhas grandes por toda superfície da calda, CONTAR 3 MINUTOS.
Retirar do lume, descartar o pau de canela e a casca de limão e juntar em fio às gemas+ovo, lentamente e mexendo sempre.
COAR esta mistura para o tacho e levar de novo ao lume até engrossar, sem deixar ferver (cerca de 15 minutos).
Guardar em frascos de vidro que fechem bem. Usar depois de arrefecido. Bem fechado, conserva-se durante várias semanas no frigorífico.

Quando quiser fazer os vols-au-vent, pré-aqueça o forno nos 170º.
Estenda a massa folhada e corte círculos com um cortador de bolachas (ex.: 5 cm diâmetro).
Em metade desses círculos, retire um círculo interior com um cortador mais pequeno (ex.: 2,5 cm diâmetro).
Pincele bem os círculos completos com clara de ovo e cole um círculo "furado" por cima de cada um.
Leve a cozer sobre papel vegetal cerca de 10/15 minutos ou até estarem bem dourados e folhados.
Destaque-os do papel vegetal e deixe arrefecer. Pouco tempo antes de servir  recheie com o doce de ovos.
Termine com açúcar em pó.

//

Sweet vols-au-vent

Puff pastry
Traditional portuguese egg filling *
Icing sugar
Round cookie cutters (2 different sizes)

*Egg Filling
6 yolks + 1 whole egg
250 g sugar
125 ml water
1 cinnamon stick
1 piece of lemon peel

In a saucepan, bring to boil the water, sugar, cinnamon stick and lemon peel.
Stir ONLY at the beginning to involve the sugar in the water and leave to boil over medium heat WITHOUT stirring.
Meanwhile, put the yolks and the egg in a metallic or glass bowl and lightly mix them with a fork.
When the sugar syrup starts to boil, with big bubbles all over the surface, COUNT 3 MINUTES.
Remove from the heat, discard the cinnamon stick and lemon peel and add, in a slow trickle, to the egg mixture, stirring constantly.
Strain this mixture to the saucepan and cook again until thickened, stirring constantly and avoiding the boiling point (about 15 minutes).
Use after cooling or store in glass jars, tightly closed. Can be kept for several weeks in the fridge.

To make the vols-au-vent, pre-heat the oven to 170 º.
Roll out the puff pastry and cut out circles with a cookie cutter (eg 5 cm).
In half of these circles, remove an inner circle with a smaller cutter (eg 2,5 cm).
Brush thoroughly the ‘full circles’ with egg white and stick one ‘holed-circle’ on top of each one of these.
Bake on a parchment-lined baking sheet for 10/15 minutes or until well browned and flakey.
Tranfer vols-au-vent to wire racks or flat plates to cool.
Shortly before serving fill with the ‘egg jam’.
To finish, dust with icing sugar.


6.10.11

A tentação da maçã.



Adoro tarte de maçã.
E se for feita com maçãs do quintal dos pais ou dos sogros, como foi o caso, ainda melhor!

Desta vez resolvi fazer uma experiência e gostei bastante do resultado: decidi colocar as maçãs, caramelizadas previamente, numa base de creme pasteleiro, para tornar a tarte ainda mais suculenta e gulosa.
Apesar da receita do creme que segui (receita B do livro base da Bimby) não me ter enchido as medidas, ficou bastante agradável.

E finalmente estreei o rolo cortador de massas, que deu aquele aspecto de rede à cobertura, há meses esquecido na gaveta.



Tarte folhada de maçã

5 maçãs grandes
Sumo de limão qb
1 base redonda de massa folhada
3 colheres de açúcar mascavado
1 colher de café de canela moída
1 gema de ovo para pincelar
Açúcar para polvilhar


Para o creme pasteleiro

(eu usei uma receita do livro base da Bimby, mas deixo aqui uma receita da Vaqueiro, para quem não tem Bimby):

2 gemas
50 g de açúcar
30 g de farinha
250 ml de leite
1 casca de limão
1 pau de canela


Pré-aquecer o forno nos 200º.

Fazer o creme pasteleiro: bater as gemas com o açúcar até obter um creme espesso.
Juntar a farinha peneirada e mexer até obter uma mistura homogénea.
Levar o leite a ferver com uma casca de limão e o pau de canela.
Adicionar o leite, lentamente, ao preparado anterior.
Passar para uma panela baixa e levar ao lume mexendo sempre com uma vara de arames até engrossar, sem deixar ferver.
Arrefecer o creme sobre uma taça com gelo.

Entretanto, descascar, descaroçar e partir aos cubos as maçãs, regando-as com limão para que não oxidem.
Numa frigideira anti-aderente, colocar o açúcar mascavado e as maçãs, cozinhando-as até ficaram douradas e macias, levemente caramelizadas. Juntar a canela.
Forrar com a massa folhada uma tarteira pequena (deve ter no máximo 22 cm de diâmetro, se não a massa não vai chegar para a cobertura).
Juntar as sobras de massa, amassar ligeiramente para uni-las e voltar a esticar dando-lhe um fomato arredondado.
Usar o rolo cortador (a primeira vez não é muito fácil e parece que não vai ficar bonito, mas depois no forno a massa abre, dando-lhe aquele efeito de grelha).
Colocar uma camada a gosto de creme pasteleiro sobre a massa folhada.
Por cima espalhar as maçãs e os líquidos que se tiverem formado.
Com cuidado, tapar a tarte com o pedaço de massa folhada reservado.
Pincelar com gema de ovo e salpicar com o açúcar.
Levar ao forno cerca de 25 minutos ou até estar bem dourada.
Se achar que está dourada mas que a massa ainda não cozeu o suficiente, tape com folha de alumínio e deixe no forno mais 10/15 minutos.

Aproveito para lembrar que o Lume Brando também está no Facebook! Façam-se fãs: nem tudo o que aparece lá, aparece aqui ;-)

20.9.11

A entrada mais fácil do mundo. Ou quase.



De vez em quando, gosto de fazer um jantar especial cá em casa, mesmo que sejamos só nós os quatro.
Com direito a entrada, prato principal e sobremesa catita.
Esta foi a entrada algo improvisada num dos mais recentes.
Queria algo muito simples e rápido de fazer, mas que marcasse com alguma personalidade o início da refeição.
E daí surgiu este folhado de alheira, que é mesmo apenas isso: massa folhada e alheira.
Para acompanhar, salteei espinafres num fio de azeite com alho picado, mas qualquer legume verde fica bem.



Folhado de alheira simples

1 alheira
4 quadrados de massa folhada com cerca de 10 cm de lado

Leite ou gema de ovo para pincelar

Pré-aquecer o forno nos 200º.
Abrir a pele da alheira com a ajuda de uma faca, ao comprimento, e dividir o recheio pelos quadrados de massa folhada (as carnes da alheira já são cozinhadas, por isso não há necessidade de a cozinhar previamente).
Dobrar as pontas do quadrado para dentro, fazendo uma espécie de trouxa, pincelar a massa com leite ou gema de ovo e levar ao forno num tabuleiro anti-aderente ou forrado com papel vegetal durante cerca de 20/25 minutos.

Entretanto também já experimentei a versão "familiar", com uma placa de massa folhada redonda, onde coloquei todo o recheio da alheira misturado com os espinafres salteados. Fiz um rolo, levei ao forno e servi às fatias com uma salada de alface, rúcula e tomate-cereja. Fez sucesso!

25.7.11

Eu podia ser vegetariana #1




Ovolactovegetariana, vá, que quem me tira os ovos, o leite e o queijo, tira-me quase tudo.
Gosto mesmo de legumes e tenho a noção, não sei se perfeita, de que poderia passar sem a carne e o peixe.
E o G. até me acompanhava, mas não tenho assim tantos conhecimentos sobre a dieta vegetariana - que é mais do que comer apenas legumes - para poder estendê-la aos miúdos, para além de que sabemos que o peixe, mais do que a carne, tem muitas coisas boas.

E na verdade, um peixe fresquinho grelhado ou assado, uns bons filetes de polvo, o arroz de costelas da minha mãe ou as almôndegas da minha tia N., entre outros favoritos, deixam-me igualmente feliz.

Mas o título do post vem a propósito desta tarte de curgetes, que há muito queria experimentar, e que achei deliciosa.
Ao servir de prato principal de um jantar leve, acompanhada de uma salada de tomate da época, fez-me sentir o conforto que a mim me dá uma boa receita de legumes no forno.

A minha massa folhada era muito fina (um resto daquelas bases rectangulares frescas*), por isso cozeu rapidamente e tive de retirar a tarte do forno antes das curgetes ficarem douradas.
Mesmo assim, gostei bastante do resultado e estou ansiosa por repeti-la e partilhá-la com mais apreciadores de legumes...



Tarte de Curgete e Parmesão
(Revista Olive - Maio 2009)

1 placa rectangular de massa folhada
3 curgetes cortadas às rodelas finas
2 dentes de alho picados
4 colheres de sopa de queijo mascarpone
50 g de queijo parmesão ralado
Azeite qb


Pré-aquecer o forno nos 200º.
Desenrolar a placa de massa folhada fresca ou esticar com o rolo um bloco de massa folhada descongelada e colocá-la num tabuleiro anti-aderente ou forrado com papel vegetal (o papel vegetal que vem com a massa folhada fresca, por exemplo).
Com uma faca, marcar uma margem com cerca de 2 cm a toda a volta.
Numa taça, juntar as rodelas de curgete, o alho picado e um fio de azeite. Envolver bem e reservar.
Noutra taça, misturar metade do parmesão com o mascarpone (imagino que este se possa substituir por outro queijo-creme, tipo Philadelphia). Barrar com esta mistura a massa folhada, sem invadir as margens.
Dispor por cima as rodelas de curgete, sobrepondo-as ligeiramente e levar ao forno cerca de 15 minutos.
Passado este tempo, retirar e polvilhar com o restante parmesão.
Levar ao forno por mais 15/20 minutos ou até a massa e as curgetes estarem com uma cor dourada bonita.

*Como foi para aproveitar um resto de massa folhada, fiz cerca de metade desta receita.

7.4.11

Tarte de sobras. Para quando não há sobra de tempo.




Esta experiência já se deu há algum tempo.
Ultimamente não tenho conseguido pegar em receitas novas, mas não queria deixar apagar o Lume.
Remexi mais uma vez nas minhas desorganizadas pastas de fotos e saiu de lá esta tarte de cogumelos e bróculos, que na altura nos soube muito bem.

Não é bem uma receita, é mais uma sugestão de combinação de ingredientes, que no meu caso andavam esquecidos no frigorífico: Massa folhada, Cogumelos salteados em alho e azeite e Bróculos cozidos, aos quais juntei Molho béchamel e 3 ou 4 Ovos.

Forrei a tarteira com a massa, piquei-a e levei ao forno pré-aquecido nos 180º uns 10 minutos. Depois, espalhei no fundo os cogumelos e por cima os bróculos. Temperei o béchamel com um pouco de pimenta preta e noz-moscada, juntei-lhe os ovos, bati bem e verti por cima dos outros ingredientes. Levei ao forno cerca de 35 minutos.
Serviu de prato principal ao jantar, acompanhado de uma salada de alface, couve-roxa e pimento.

21.3.11

Palmier remix.




Há uns tempos experimentei estes palmiers.
Para além de serem muito fáceis de fazer, são uma entrada que agrada também aos olhos.
Este fim-de-semana decidi variar nos ingredientes e levei esta versão para um almoço em casa dos meus pais.
Fizeram sucesso e são uma ideia muito prática para dias de festa, podendo ser servidos com diferentes recheios.
Wow factor garantido...



Palmiers de azeitona e pimento vermelho

1 placa de massa folhada rectangular
6 colheres de sopa de azeitonas pretas sem caroço picadas
(usei do Continente, descaroçadas e às rodelas)
2 pimentos vermelhos grandes assados de conserva (usei do Lidl, em frasco)
Azeite aromatizado com orégãos qb (ou azeite e orégãos qb)
Sementes de sésamo para polvilhar

Partir o pimento em pedacinhos para uma taça.
Juntar as azeitonas picadas. Regar com um pouco de azeite de óregãos e envolver bem.
Desenrolar a massa folhada. Espalhar o recheio pela massa.
Fechar a massa, enrolando ambas as abas mais compridas da massa sob si mesmas, para dentro, até se encontrarem ao centro.
Apertar bem e envolver em película aderente ou no papel vegetal que vem com a massa.
Levar ao frigorífico cerca de 20 minutos para ficar mais firme.
Cortar às fatias e colocá-las, na horizontal, num tabuleiro anti-aderente. Polvilhar com as sementes de sésamo.
Levar ao forno pré-aquecido nos 200º cerca de 20 minutos ou até ficarem bem folhados e dourados.

Escrevo este post com um grande sorriso: primeiro porque estas fotos ficaram bonitas, comprovando que a máquina chegou como nova, depois do meu pirata mais novo a ter mandado para a assistência técnica (abençoado seguro feito quando a comprámos!). Segundo, porque foi feito no meu fantástico, adorável, lindo de morrer e há muito desejado MacBook Pro ;-)

1.2.11

Resoluções de ano novo e palmiers de cogumelos.



O primeiro post do ano.
Sabe bem regressar.

Cozinhar mais, experimentar pela primeira vez pratos há muito fixados na minha to do list e publicar de forma mais regular (para além de tratar de personalizar o cabeçalho do blog!), foram alguns dos objectivos que tracei para 2011.

Com a máquina fotográfica avariada (obra dos meus piratas), talvez tenha de deixar a marinar um pouco mais estes planos.
Ou não. Posso sempre revolver as minhas pastas desordenadas de fotografias e repescar receitas e ideias que, por algum motivo, foram sendo deixadas para trás.

Como estes folhadinhos de cogumelos, que nem são assim tão antigos. Devem ter sido das últimas iguarias que a máquina registou, antes de se fechar numa escuridão total e ser encaminhada para quem, espero, a possa recuperar. Faz-me tanta falta, a tramada da máquina! É que nem sequer tenho um telemóvel com câmara.

A ideia destes folhadinhos tirei-a da Continente Magazine nº4. Na altura em que os fiz, não tinha a revista comigo e acabei por fazê-los de cabeça. Serviram de entrada num almoço de família e fizeram bastante sucesso.
Quanto às quantidades... bem, as quantidades não as sei dizer de forma exacta, porque, como quase sempre, fi-los a correr, sem tempo para medições e apontamentos. Sigam os vossos instintos: é tão simples que não há que enganar.



Palmiers de cogumelos e bacon

1 base de massa folhada rectangular
Cogumelos frescos laminados
Bacon partido aos cubinhos
Azeite
Vinagre balsâmico
Sal
Queijo ralado
(mozzarella ou outro)
Sementes de sésamo para polvilhar

Pré-aquecer o forno nos 190º. Levar ao lume numa frigideira anti-aderente o bacon e um pouco de azeite, deixar o bacon fritar um pouco e juntar os cogumelos. Sempre em lume relativamente alto, para que não cheguem a largar muita água.
Juntar umas gotinhas de vinagre balsâmico e deixar cozinhar mais um pouco.
Temperar com sal, se necessário.
Retirar do lume e escorrer se tiver ganho muito líquido.
Numa tábua, picá-los em pedaços uniformes e relativamente pequenos.
Abrir a placa de massa folhada, espalhar a mistura dos cogumelos e por cima o queijo ralado.
Fechar a massa, enrolando ambas as abas mais compridas da massa sob si mesmas, para dentro, até se encontrarem ao centro.
Apertar bem e envolver em película aderente.
Levar ao frigorífico cerca de 20 minutos, para que ao cortar as fatias não se desfaçam.
Depois de refrigerado, retire a película do rolo e corte-o em fatias com cerca de 1 cm/1,5 cm de altura.
Coloque-as na horizontal num tabuleiro anti-aderente ou forrado com papel vegetal. Polvilhe cada fatia com sementes de sésamo e leve ao forno até ficarem bem douradinhos e com a massa bem folhada.

PS.: Um amigo e fã do Lume Brando enviou o meu link para o site da Lusitana (farinhas Branca de Neve/Espiga, entre outros produtos), no âmbito da rubrica "Os Melhores Blogues Portugueses de Culinária". E não é que o Lume Brando foi seleccionado?! Daí o selo alusivo a esta acção, que a partir de agora aparece do lado direito do blog. Pelo que percebi, vou receber em breve um cabaz de produtos Lusitana, para pôr as mãos na massa ainda com mais vontade e motivação. Obrigada N., obrigada Lusitana.

12.10.10

A minha primeira Tarte Tatin...



... foi de pêssego.

Reza a história que a fruta usada na versão original desta tarte - que resultou de um improviso para solucionar o esquecimento da futa ao lume - foram maçãs. A cozinheira criativa foi uma das duas irmãs de apelido Tatin, que nos finais do século XIX geriam um pequeno hotel em França.

O percalço fez tanto sucesso, que ao longo do tempo a técnica de inverter a ordem normal dos ingredientes de uma tarte, colocando a massa 'por cima' antes de ir ao forno, foi sendo adaptada a outros frutos e até legumes.

Num destes últimos fins-de-semana, apoderou-se de mim uma enorme vontade de usar pêssegos numa sobremesa. E saiu esta tarte simultaneamente suculenta e estaladiça que se revelou pequena perante a gula dos comensais.

É muito fácil de fazer, são precisos apenas 4 ingredientes e ficou deliciosa.



Tarte Tatin de Pêssego

4 pêssegos grandes
50 g de manteiga
50 g de açúcar amarelo
1 placa de massa folhada redonda


Descascar os pêssegos e cortá-los em fatias grossas.
Pré-aquecer o forno nos 190º.
Levar ao lume, numa frigideira grande, a manteiga e o açúcar.
Deixar dissolver bem o açúcar na manteiga que entretanto vai derreter e juntar as fatias de pêssego.
Deixar cozinhar em lume médio, mexendo de vez em quando, até a fruta ficar bem dourada e os sucos espessos, mas sem caramelizar demasiado
(o que deve demorar cerca de 25 minutos).
Num prato fundo de ir ao forno redondo, tipo pirex (ou numa forma de bolo anti-aderente), espalhar a fruta e os sucos, cobrir com a massa folhada, pressionando-a de encontro aos frutos e cobrindo-os na totalidade, e levar ao forno cerca de 25/30 minutos ou até a massa estiver bem folhada e dourada e os sucos borbulharem - é inevitável que o molho saia um pouco para os lados.
Retirar do forno, esperar uns 5 minutos e inverter com cuidado para um prato de servir. Este deve ser bem maior do que a forma ou o pirex que se levou ao forno, e o movimento de inversão/passagem deve ser rápido, para se evitarem queimaduras e derrames dos líquidos.
Servir morna com gelado de nata ou baunilha, por exemplo.

25.4.10

"Croissants" de chocolate vapt-vupt.




Vapt...
Desenrolar 1 base de massa folhada redonda fresca. Com uma faca ou cortador de pizzas, cortar a base em fatias (quanto mais finas as fatias, mais 'croissants' vamos obter). Espalhar, sobretudo junto à parte mais larga de cada fatia, chocolate de culinária aos pedacinhos. Enrolar cada fatia sobre si mesma, começando pelo lado mais largo. Pincelar com gema de ovo, salpicar com amêndoa laminada e levar os rolinhos ao forno, pré-aquecido nos 190º, durante 20/25 minutos ou até estarem bem douradinhos. Deixar amornar e polvilhar com açúcar em pó.
...Vupt.

6.4.10

A falta de tempo e uma quiche de espinafres.



Este blog está em permanente delay.
Tantos posts na cabeça, tantos posts prometidos e tão pouco tempo para torná-los realidade.
Este fim-de-semana até foi prolongado, mas passei-o na aldeia e lá não tenho computador*.
E entre as brincadeiras com os miúdos e os doces para fazer (entre outras coisas, fiz fios de ovos, sozinha, pela primeira vez!) também não me ia sobrar muito tempo.
Daí que este post, que devia ecoar algum espírito pascal, fala é de uma quiche feita para a festa de aniversário do B., ocorrida há mais de uma semana.
E vá lá que na festa do B. ainda consegui tirar algumas fotos aos pratos.
Na(s) festa(s) do L., um mês antes, o ritmo foi tal que nem para isso deu.
Adiante.
Aqui fica a receita, que é muito boa e muito fácil de fazer.
Foi-me passada por uma colega, por alto, um dia ao almoço, que a tinha feito a partir de uma das últimas edições da Blue Cooking.
Fez sucesso na festa!

Quiche de espinafres e queijo

1 base de massa folhada (usei das rectangulares congeladas - por causa da forma e porque acho que 'folham' melhor)
Espinafres (julgo que a receita pede 1 pacote de espinafres frescos mas eu usei 1/2 emb. deles congelados)
Queijo de cabra ou ovelha aos cubos (a receita pede feta mas usei uma emb. dupla de Palhais, já aos cubos para salada)
1 pacote de natas
3 ovos
Sal, pimenta e noz moscada qb


Pré-aquecer o forno nos 180º. Forrar uma tarteira com a massa e picar o fundo.
Espalhar os cubos de queijo.
Colocar por cima os espinafres entretanto descongelados.
Bater os ovos com as natas, temperar e verter por cima dos espinafres, dando um jeitinho nos espinafres, se for preciso, para que o líquido se 'entranhe' na tarte e não transborde...
Levar ao forno cerca de 25 minutos ou até estar douradinha, com a mistura das natas e ovos bem coagulada.


*Um MacBook... Era mesmo do que eu precisava! Mas os meus sonhos de consumo não ficam por aqui. Daqui a nada, revelo mais um...

21.11.09

Massa folhada, continuação.




Folhado de legumes, cogumelos e bacon

Com o que sobrou da massa do post anterior fiz este folhado, que serviu de jantar para mim e para o G., acompanhado de uma salada de alface, rúcula, couve-roxa, milho e rodelinhas finas de alho francês. Foi quase um jantar vegetariano, não fossem os cubinhos de bacon do recheio, que era essencialmente de legumes: cenoura, alho francês e cogumelos castanhos salteados em azeite e alho e o já referido bacon. Recheada a massa, pincelei-a com gema de ovo e salpiquei com sementes de sésamo. Foi ao forno pré-aquecido nos 180º cerca de 30 minutos.

Ficou uma delícia. Aqui notou-se claramente a diferença de sabor entre a massa folhada de compra e a caseira. E como a massa tinha repousado no frigorífico durante três dias, folhou mais do que nas tarteletes de queijo de cabra. A repetir!

15.11.09

Uma aventura chamada massa folhada.



Declaração de princípio(s): nunca teria tentado fazer massa folhada em casa se não tivesse Bimby, ainda que há alguns anos tenha aprendido a fazê-la num curso de cozinha. Sempre achei que dava demasiado trabalho e que este não compensava quando aquela se podia comprar em qualquer supermercado, congelada ou pronta a usar.

Mas fiquei intrigada quando vi no livro que vem com a máquina uma receita básica deste tipo de massa. Será que também aqui a Bimby faz milagres?
Estava disposta a responder à pergunta rapidamente mas, da primeira vez que a ia fazer, tive de adiar a experiência: não tinha reparado que a manteiga devia estar congelada: 200 g de manteiga congelada em pequenos pedaços. À segunda tentativa, já com os bocados de manteiga bem congelados e a água há muitas horas no frigorífico, para garantir que estivesse bem fria, as coisas correram melhor. Contudo, achei que não devia confiar no livro a 100%: parecia demasiado fácil. Assim, e já com a mise en place pronta, achei que o melhor era consultar a web. A minha preciosa ajuda veio daqui.

Fazer a massa-base, com a Bimby ou com outro robot de cozinha é muito fácil. Mesmo. Depois, é um questão de músculo, paciência e tempo. Esticar, dobrar, esperar, esticar, dobrar, esperar, não é das tarefas mais agradáveis de fazer à uma da manhã de sábado - enquanto as pestinhas cá de casa dormiam - mas o resultado valeu bem o esforço.

O fruto desta estreia foi usado de duas maneiras: primeiro numas tartelletes de chèvre, nozes e mel (na foto). Passados alguns dias, serviu de embrulho a legumes salteados. E se na primeira receita a quantidade de queijo em cada tarte ofuscou um pouco o brilho da massa folhada caseira, já no segundo folhado, depois do repouso prolongado no frigorífico, aquela atingiu o seu auge.

Tartelletes de queijo de cabra, mel e nozes

Massa folhada de compra ou caseira*
Queijo de cabra 'chèvre'
Ervas da Provença
Mel
Nozes picadas

Cortar círculos de massa folhada com um diâmetro um pouco maior do que o das forminhas de tarte e forrá-las. Levá-las ao forno pré-aquecido nos 200º durante cerca 10 minutos. Entretanto desfazer o chèvre em pequenos pedaços para uma taça e salpicar com ervas da provença por todo. Retirar as tartes do forno, recheá-las com o queijo temperado com as ervas e levar de novo ao forno mais 15 minutos ou até o queijo começar a borbulhar e a ficar dourado. Retirar, desenformar, regar cada tartellete com uma colher de sopa de mel e salpicar com nozes picadas. Servir com uma salada verde - de alface e rúcula, por exemplo.


*Massa folhada

(ingredientes - Livro Base da Bimby)

200 g de manteiga congelada em pedaços pequenos
200 g de farinha
90 g de água ou vinho branco muito frios (usei água)
1 colher de chá de sal

Num robot de cozinha, misturar todos os ingredientes e pulsar alguns segundos até obter uma massa homogénea - na Bimby, 20 seg., Vel.6.
Retirar a massa do copo, dar-lhe a forma de uma bola e levar ao frigorífico durante 20 minutos.


A partir daqui, tentei seguir as instruções da Gasparzinha:

Numa superfície polvilhada de farinha e com a ajuda do rolo também enfarinhado, para a massa não colar, esticar a massa até obter um rectângulo com cerca de 20 cm x 40 cm, ficando virado para nós na vertical. Dobrar a massa em três, como se fosse uma carta A4. O rectângulo que vemos agora à nossa frente está na horizontal: virá-lo 90º, de modo a ficarmos com ele de novo na vertical. Voltar a esticar e a dobrar da mesma forma. Embrulhar em película aderente e levar ao frigorífico 20 minutos. Findo este tempo, voltar a trabalhar a massa na superfície enfarinhada com o rolo, repetindo o esquema: esticar até obter um rectângulo na vertical, dobrar em três, sobrepondo as partes de massa, como se fosse uma carta. Rodar para que o rectângulo fique novamente virado para nós na vertical, voltar a esticar e a dobrar em três. Levar ao frigorífico mais 40 minutos antes de usar (eu mantive-a no frigorífico até ao dia seguinte, quando a usei).

A minha primeira massa folhada não 'folhou' tanto como as de compra, mas ficou muito saborosa. Apesar do trabalho, é bom saber que esta não está cheia de gorduras hidrogenadas como as industriais. O próximo desafio é fazê-la em grandes quantidades e congelá-la (enrolando-a em papel vegetal, como sugere a Gasparzinha) e assim ter massa folhada caseira sempre à mão.

3.6.09

Um jantar quase vegetariano.

Bastam alguns dias de calor para a minha casa ficar impossível de quente. Mesmo quando lá fora a temperatura já baixou há algum tempo, cá dentro continuamos no pico do Verão. É o que faz morar num apartamento sem persianas. Moderno, mas na prática muito pouco cool. Daí não andar com grande vontade de me dedicar aos tachos.
Mas ontem foi dia do mano mais novo vir jantar cá a casa. No frigorífico havia restos de frango assado e uma placa rectangular de massa folhada. Juntei alguns legumes e o resultado agradou à vista e ao paladar.
Para acompanhar, uma salada bem fresca e nutritiva.







Folhado de frango e legumes


Sobras de frango assado (equivalente a duas pernas)
1 curgete partida em cubos
1 cenoura partida em cubos
1 talo de alho francês partido às rodelas
2 dentes de alho picados
2 colheres sopa de azeite
1 colher de sopa de farinha
Leite qb
sal, pimenta preta e noz moscada
Queijo grana padano ralado na hora ou mozzarella ralado
1 placa de massa folhada rectangular (usei do Lidl)
1 gema para pincelar
Sementes de sésamo e de papoila

Saltear em azeite o alho picado e assim que começar a ficar dourado juntar a curgete, a cenoura e o alho francês. Temperar com sal e deixar cozinhar cerca de 15 minutos. Juntar a farinha e depois o leite até ficar cremoso. Temperar com noz moscada, pimenta preta moída na altura, retirar do lume e deixar arrefecer. Quando já estiver praticamente frio, juntar o frango aos legumes e envolver bem. Desenrolar a massa folhada e espalhar por cima o recheio de frango e legumes, polvilhar com o queijo ralado (para a próxima vou fazer uma camada mais densa de queijo!) e enrolar dando ao folhado a forma de uma torta, fechando bem dos lados. Pincelar com gema de ovo e polvilhar com sementes de sésamo e sementes de papoila. Levar ao forno pré-aquecido nos 180º durante cerca de 40 minutos.





Salada de Verão

1 pé médio de alface
6 tomates cereja partidos em metades
1 toranja partida aos cubos (e sem pele)
1 maçã Granny Smith às fatias finas
3 nozes (miolo, partido em pedacinhos)
Algumas folhas de rúcula
12 croûtons (usei uns muito bons do Minipreço)
Sal, azeite e sumo de limão qb

Juntar os legumes e as frutas. Temperar com sal, com o sumo de limão (tempera e ao mesmo tempo não deixa a maçã oxidar) e com o azeite. Envolver tudo delicadamente com as mãos. Por fim juntar os croûtons e as nozes picadas. Se houver tempo, levar ao frigorífico antes de servir.

11.5.09

As sementes deram bom fruto.





Sementes de papoila. Andava à procura delas há já algum tempo, desde que comecei a ver cada vez mais receitas que as incluíam, quer em livros quer em revistas. Sempre achei que a primeira coisa que iria experimentar com as ditas sementes seria um bolo ou uns queques, qualquer coisa doce. Mas não, quis o destino que começasse por algo salgado: uns folhadinhos retirados da revista Saberes e Sabores, da Vaqueiro, de Junho de 2007. E que bom começo. Pelo menos, eu gostei muito e todos os que provaram elogiaram bastante. Da próxima vez, para o mesmo número de pessoas, vou ter de fazer o dobro. E talvez faça duas qualidades: metade com sementes de papoila, metade com sementes de sésamo.

Torcidinhos de queijo e sementes de papoila

6 quadrados de massa folhada refrigerada (eu usei uma base de massa redonda, para tarte; cortei-a primeiro em 4 partes e depois à tiras, daí eles não terem ficado muito uniformes)
1 clara de ovo
150 g queijo parmesão ralado (usei cerca de 120 g de "grana padano" ralado fininho na altura)
3 colheres de sopa de sementes de papoila

Levar a massa ao congelador por 15 minutos. Numa taça larga ou prato de sopa bater levemente a clara. Misturar noutro recipiente o queijo e as sementes de papoila. Cortar tiras de massa com cerca de 1,5 cm e torcê-las. Passá-las primeiro pela clara, rapidamente, e depois pela mistura de queijo e sementes. Alinhar os torcidinhos num tabuleiro forrado com papel vegetal untado com manteiga (usei o papel que vem com a massa e pincelei com azeite). Levar ao forno pré-aquecido nos 225º cerca de 10/15 minutos ou até ficarem bem douradinhos, sequinhos e estaladiços. Apesar de ter ido ao congelador, a minha massa ficou mole muito depressa, por isso, quando pegava nas tiras e as passava pela clara, ficavam logo muito mais compridas, parecia que esticavam, então, na maior parte dos casos, dobrei-as ao meio, ao comprimento, e só depois as torci. Deu para cerca de 30 torcidinhos.

*Comprei-as no supermercado do El Corte Inglés. Procurei as sementes no Jumbo e no Continente, na zona dos produtos naturais, onde estão as sementes de sésamo e de linhaça, por exemplo, e não encontrei. Já tinha procurado também nesta mesma zona do supermercado do El Corte Inglés, encaminhada pelos empregados da loja Gourmet, e nada. Até que resolvi perguntar a uma funcionária do supermercado, que me disse onde estavam: junto dos amendoins, dos cajus e de outros aperitivos. Achei estranho. Nunca daria com elas, pois pelo que sei não se comem assim, sem mais nada...